domingo, 21 de abril de 2013

Puro 2008 Tinto

De acordo com o produtor,  o Puro da Quinta da Touriga vem na linha de um vinho elaborado pelo bisavô do atual responsável da empresa e o seu irmão mais novo que, no final no final do século XIX - princípio do séc. XX, tiveram a ideia totalmente inovadora para a época, de engarrafar e exportar um vinho de qualidade, produzido na Região do Douro e que, pelo facto de não ter sido aguardentado, foi na altura baptizado de “Virgem”.

É feito a partir de 85% Touriga Nacional, 10% Tinta Roriz e 5% Touriga Franca.




Cor granada opaco.

Os aromas oscilam entre a fruta vermelha madura, a madeira tostada e ligeiro aroma a caixa de tabaco.

Na boca é muito macio e mediamente encorpado, sedoso, equilibrado, fresco, com fruta vermelha madura que não se mostra muito, pronuncia-se mais a madeira tostada e ligeiro abaunilhado. Tem boa estrutura e espinha dorsal.

Final longo, amadeirado, tostado e com tabaco.

Classificação: ★★★☆☆

Um tinto bem feito, acima da média e muito fácil de gostar, fazendo esquecer outras obras que andam na casa dos 13€.

According to the producer, this wine from Quinta da Touriga comes in the line of a wine made by the great-grandfather of the actual CEO of the company and his younger brother who, at the end of the late nineteenth century - beginning of the twentieth century had the idea, totally innovative for its time, bottling and exporting a quality wine produced in the Douro because it was not fortified, it was at the time called "Virgin".

Made from  a blend of 85% Touriga Nacional, 10% Tinta Roriz and 5% Touriga Franca.

Opaque garnet color.

The aromas oscillate from ripe red fruit, toasted oak and the hints of tobacco box.

The palate is very soft and moderately full-bodied, silky, balanced, fresh, ripe red fruit that is not that much as expected, is more light vanilla and toasted oak character. Good structure.

Long finish, toasted oak and tobacco.


Rating: ★★★☆☆

Well made red, above the others, highly enjoyable better than others that are on the 13€ price.

Lagar de Darei Grande Escolha 2009 Branco

Feito a partir de Encruzado, Bical, Cerceal Branco e Malvasia Fina, envelheceu 4 meses em cubas de betão.

Cor amarela saturada.

Aroma tropical, pêssegos carecas, essência mineral e ligeiramente cítrico.

Na boca é seco, penetrante, ligeiramente tropical com sabor predominante a pêssego duro, fresco, vivo, brilhante, enche a boca a alma e o espírito, arrepia o foco, sem truques nem fintas.

Final longo.


Classificação: ★★★☆☆


Excelente escolha agora que entramos no tempo quente, dá-se bem com peixe. Altamente recomendado. Custa 8€.

Made from a blend of Encruzado Bical, Cerceal Branco and Malvasia Fina, aged for 4 months in concrete vats.

Saturated yellow color.

Tropical aroma, bald peaches, mineral essence and citric hints.

In the mouth is dry, penetrating, slightly tropical, tastes mostly to peaches, fresh, alive, fills the mouth and the spirit, very focused and sharp without magic tricks.

Long finish.

Rating: ★★★☆☆

Great choice for spring time. Pairs well with fish. Highly recommended. Cost 8€.

Quinta de Cidrô Alvarinho 2011 Branco

As experiências com Alvarinho fora do seu habitat natural prosseguem com vista a tentar tirar partido do potencial inato da casta. Este Alvarinho é proveniente do Douro.

Cor amarela saturada.

Muito aromático,  tropical e químico, parece ter passado por madeira. Enche os sentidos.



Na boca é bastante seco, tem muita vida, com acidez crocante e picante, desencontrado, com essência tropical desidratada, passando para a limonada e terminando a arrepiar.

Final médio.

Classificação: ★★☆☆☆

Quando se leva a casta para outras bandas, os puristas dizem que se trata de sacrilégio, os evolucionistas aplaudem e afirmar que nada tem de ser como dantes, mas neste caso, assim como outras experiências feitas por outros produtores, estamos perante a descaracterização de uma casta e que põe em causa o trabalho daqueles que a sabem tratar como deve ser, no ecossistema onde naturalmente pertencem. Custa 8€.

The experiences with Alvarinho out of it's natural habitat go on, trying to leverage the wine variety potential. This one comes from Douro region.

Saturated yellow color.

Very aromatic, tropical and chemical, seems like it aged with oak contact. Fulfills the senses.

In the mouth is very dry, full of life with crisp acidity (sometimes spicy) but is unbalanced with some rotten tropical essence, than changes to lemonade and ends raising teeth.

Medium finish.

Rating: ★★☆☆☆

When a producer takes a wine variety to other bands, purists say that this is sacrilege, evolutionists applaud and affirm that nothing has to be as it was before, but in this case, as well as other experiences made ​​by other producers, this is a mischaracterization of the wine variety and undermine the work of those who know how to treat as it should be, in the ecosystem which naturally belong to. Costs 8 .

domingo, 7 de abril de 2013

Terrantez do Pico 2011 Branco

O ano passado, tive a oportunidade de beber a primeira edição de um projeto muito interessante sustentado neste vinho que passa pela preservação da casta Terrantez nos Açores. Na altura ficaram boas indicações sobre a colheita de 2010 e para a prova de 2011 as expetativas estavam redobradas. Este ano fizeram-se 602 garrafas.

Esta edição ganhou o prémio de melhores de 2012 atribuído pela Revista dos vinhos.

Feito a partir de Terrantez.

Cor amarelo cítrico, pálido.

De aromas leves, mas focados cítrico, ligeiramente tropical e mineral e outros desconhecidos. Faz lembrar um alvarinho adaptado.

Muito leve, com acidez muito fina. Início com algum fruto tropical, depois apanhamos uma sensação amarga desagradável onde aparece limão e por fim na última mutação fica ligeiramente salgado e mineral.



Final médio.

Classificação: ★★☆☆☆

Para mim uma desilusão. Aquela fatia de limão estragado no meio, matou o vinho. Acresce que este ano o preço passou para os 16 euros o que transforma a sua compra numa aposta especulativa.

Last year, I had the opportunity to drink the first edition of a very interesting project. This wine supports the preservation of Terrantez wine variety in Azores. At the time good indication about the 2010 vintage were given. For 2011 the expectations were redoubled. 602 bottles were produced.

This edition was awarded as the best 2012 wines by Revista dos Vinhos.

Made from Terrantez.

Pale citric yellow color.

Light aromas, but very focused. Citric, slightly tropical with mineral crystals and other unknown. Makes me remember an adapted Alvarinho.

Very light, with very fine acidity. Starts with some tropical hints, then I got a very unpleasant sensation, like rotten citrus and in the last mutation turns into salty and mineral profile.

Medium finish.

Rating: ★★☆☆☆

For me a huge disappointment. The rotten citrus slice killed the wine and it costs now 16€. Buying it is a mere speculative bet.

Esporão Reserva 2011 Branco

Há revisitações que podem parecer cansativas ou despropositadas, ou até "queques" ou anti vanguardistas.Voltar a beber o Esporão reserva branco é uma obrigação ou um vício anual, dada a eterna consistência desde vinho.

Feito a partir de um blend de Antão Vaz, Arinto, Roupeiro e Semillon.

Cor amarela oxidado.

Muito aromático,  limão, fruta madura, pêra, ligeiro químico e muitas coisas para descobrir.

Super vivo na boca, livre do síndroma do vinho murcho que dominou o perfil dos brancos Portugueses. Enche a boca. Esta mais seco do que as colheitas anteriores e menos maduro. Limão, fruta madura, nectarina, pêssego, pouco se sente a madeira, alguma resina.

Final longo.

Classificação: ★★★★☆

Talvez uma das melhores colheitas de sempre. Se o orçamento está apertado beba-o nas festas, caso contrário beba-o muitas vezes. Sem medo.

Sítio do produtor: http://www.esporao.com/

Se quer andar atrás no tempo: clique aqui e descubra outras colheitas.

Revisiting a wine may seem tedious or pointless, a mainstream attitude or anti vanguard. Back to Esporão white reserve is a must or an annual addiction, given the eternal consistency from the winery.

Made from  a blend of Antão Vaz, Arinto, Roupeiro and Semillon.

Yellow rusty color.

Very aromatic, lemon, ripe fruit, pear, slight chemical and many other things to discover.

Super in the mouth, alive, set it free from the withered syndrome that dominated the profile of Portuguese whites. Fills the mouth. It's drier than earlier vintages and less mature. Lemon, ripe fruit, nectarine, peach, oak it's not felt, some resin. Very sharp and focused.

Long finish.

Rating: ★★★

Maybe one of the best vintages ever. If budget is tight drink it at parties, otherwise drink it often, Have no fear.

Producer's web site: http://www.esporao.com/

If you are curious about earlier vintages, click here.