quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dona Ermelinda 2007 Tinto

O produtor, Casa Ermelinda Freitas ficou conhecida no mundo do vinho devido ao prémio de melhor vinho do ano obtido com o Syrah 2005 no concurso Vinalies Internacionales de 2008. O Syrah que se vende a preços de 7,5€ esgotou tendo sofrido especulação de preço para valores de 100€.

Outra curiosidade deste produtor que outrora vendia a totalidade da uva para produção de terceiros, viu-se na necessidade de produzir os seus próprios vinhos quando não conseguiu vender as uvas, tendo iniciado o engarrafamento em 1997.

Este Dona Ermelinda é feito da casta Castelão a partir de vinhas com 30 anos.

Predominam as notas de fruta no nariz apresentando-se de forma muito viva e sugestiva.

Na boca nota-se que se trata de um vinho novo. Corpo médio e acidez um pouco elevada. A fruta aparece-nos de forma fechada e este é o seu maior pecado porque torna o vinho desinteressante.

Mesmo dando mais algum tempo para oxidar não há libertação do sabor. Tem taninos finos, madeira nova bem integrada e ligeira especiaria a aparecer no final.

Mais informações do produtor em:
http://www.ermelindafreitas.pt/

sábado, 24 de outubro de 2009

Valle Pradinhos 2008 Branco

A colheita de 2008 continua a ser feita a partir de Malvasia Fina, Riesling, Gewuerztraminer.

No copo apresenta lágrima escorrida.

Nariz apresenta-se com aromas de casca de pêssego, notas de manga e no final um pouco escondido aroma a maracujá.

Na boca demonstra ser um vinho de corpo médio, com alguma robustez, tendo perdido (felizmente) o sabor doce que caracterizava a colheita de 2007. Temos portanto um vinho mais afinado.

Todos os sabores são muito finos, com boa interligação. Sabe principalmente a manga, com as notas de marujá a aparecer em segundo plano.

Tem acidez equilibrada e final médio.

Talvez das melhores colheitas dos últimos anos.

sábado, 17 de outubro de 2009

Casa de Santar Tinto Superior 2001

É um vinho feito a partir das castas Alfrocheiro e Tinta Roriz.

Quando comprei este vinho referiram-me que era um vinho de 2001, tentando transmitir que parecia ter encontrado um tesouro. Eu esperei que não estivesse a comprar um vinho estragado.

Foi decantado e bebido hora e meia depois.

Nariz com notas a fruta vermelha. Aromático e sugestivo.

Na boca é um vinho macio com acidez fina com o carácter típico do Dão. Não é muito encorpado, sabe a frutos vermelhos com com notas de cereja que aparecem no final.

Nota-se que é que já está no limite da evolução.É um vinho que põe à frente a fruta com a madeira apenas a equilibrar o conjunto e em presença muito discreta.

Trata-se de uma proposta que não apresenta qualquer tipo de complexidades e outros artifícios. É fácil de beber, mas não se trata de um vinho de receita fácil. Mantém o perfil conhecido dos vinhos deste produtor (por acaso estava à espera de algo um pouco diferente). Não é um vinho que deslumbre, mas vale mais pelo seu carácter macio e equilibrado.

Tem final médio.

domingo, 11 de outubro de 2009

Dona Berta Rabigato 2006 Branco

Vinho monocasta produzido a partir de Rabigato. Segundo o produtor o cultivo realiza-se em solos com 500m de altitude que permite conferir um carácter muito especial.

Nariz pouco definido, com algumas notas florais.

Na boca revela-se um vinho de corpo leve, predominante seco, estruturado basicamente em notas herbáceas com algum floral à mistura. É um vinho com um perfil muito especial e que se calhar não agrada a todos os consumidores e não me agradou particularmente a mim.

Apesar de ser um vinho seco, tem uma frescura residual, fina, que conjugado com pouca acidez lhe confere uma proposta conseguida por poucos. Apesar de pouco acido o vinho não é murcho.

Final médio.

Mais informações do produtor em: www.donaberta.pt

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo 2007 Tinto

Este vinho foi bebido por acaso por troca com o Unoaked do produtor do Catelo d'Alba porque a carta do restaurante não era clara de quem era o produtor do vinho.

É um vinho que não estagia em pipas (Unoaked). Daí não ter qualquer madeira integrada no sabor.

Apresenta lágrima gelatinosa no copo. Côr completamente opaca.

Nariz com muita volatilidade de aromas devido à presença do álcool.

Na boca apresenta-se um vinho com uma textura agradável, com alguma granularidade, fresco, com vida, onde a fruta, predominante preta a aparecer de forma frontal, muito consistente ao longo da prova. Contudo no final sente-se uma ligeira sensação de amarga que desequilibra o conjunto.

Tem taninos bem integrados, com algum vigor, mas sem castigarem os sentidos. Pouca acidez, apresenta final médio.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Esporão Reserva 2008 Branco


Nariz com predominância a pêssego com notas de geleia.

Apresenta lágrima escorrida no copo (convêm não esquecer que o vinho tem 14º) de fazer inveja a alguns tintos.

Esta colheita revela-se a predominãncia do pêssego com algumas notas de tangerina, não apresentando a mesma complexidade e desdobramento de sabores das colheitas anteriores. O Sabor é mais intenso, mas mais açucarado, . Apesar do aumento da sensação a doce o vinho não consegue cansativo (escapa por muito pouco) porque ainda tem estofo para mostrar alguma frescura de forma muito fina. Continua a ser um vinho com corpo acima da média para um branco e cai-lhe bem.

Muito bem continua a integração com as notas de madeira. A acidez é equilibrada e confere-lhe vida.

Final médio.

Se quiser pode consultar a critica da colheita de 2007 <aqui>.

Quinta do Cardo Siria 2008


O produtor Companhia das quintas http://www.companhiadasquintas.pt/ traz-nos este monocasta feito a partir da casta Siria.
Nariz com presença de lima. Aromático.
É um vinho de corpo leve, com alguma frescura, com acidez um pouco gorda mas bem proporcionada.
Confirma-se a presença da lima com algumas notas de laranja a sobressaírem no final mas o sabor é um pouco curto, mortiço e é pena.
Final médio.
É um vinho compatível com peixes, marisco e saladas e enquadra-se bem para ser bebido no verão.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Candido Tinto


Segundo o produtor trata-se de um vinho feito a partir de vinhas velhas.

Nariz marcado por aromas quimicos, com predominância para a tinta da china.

Entra na boca sem equilibrio, e de sabor curto. Os taninos estão desligados do conjunto. O sabor aparece concentrado no final, com predominância para a ameixa, não se notanto grande presença da madeira. É medianamente encorpado, com acidez bem afinada.

Penso que se trata de um vinho ainda à procura da definição do seu perfil.

Final médio.

Esperemos por melhores colheitas.

Mais informações do produtor em: www.quintadacarolina.pt

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Luis Pato Vinhas Velhas 2007 Branco

Vinho bebido com a minha família no restaurante do complexo da Quinta das lágrimas em Coimbra no dia das eleições legislativas deste ano. Acompanhou um risoto de cogumelos com filetes de cherne.

É um vinho feito a partir das castas Bical, Cerceal e Sercialinho.

Apresenta-se como um vinho meio seco. Tem corpo ligeiro, com notas vegetais e frutos secos, com predominância do último. Muito consistente no sabor, mas curiosamente sente-se uma frescura residual encantadora, fina e muito bem integrada.

Tem acidez bem afinada que não deixa o vinho morrer na boca.

É um vinho bem feito. Recomendado.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Marques de Casa Concha Cabernet Sauvignon 2007

“Apresentado” por um amigo, aqui está um vinho, Chileno, na minha opinião excelente ( 2005 e 2006 “levaram” com 90 pontos da wine spectator, isto para quem gosta de ratings......). Acompanhou um caril de Frango (em boa verdade foi mais o inverso...). Cor vermelha profunda com notas de frutas vermelhas, especiarias, couro e baunilha. Taninos firmes, com uma textura suave e um final longo.
Permitam-me “parar” aqui um pouco.
Esta casta é, para muitos, a rainha das uvas tintas. Encontra-se em todas as regiões, um pouco por todo o mundo (mantem as suas características, aromas e sabores independentemente da região onde é cultivada) se bem que é de esperar, naturalmente, perfis diferentes de país para país, região para região e finalmente produtor para produtor. A sua origem está associada à região de Bordeaux (Médoc) e é resultado do cruzamento entre as castas Cabernet Franc e Sauvignon Blanc. Permite vinhos estruturados, concentrados e tânicos. Além do varietal também é normal encontramos casada com pe Merlot ou Shiraz. Fica com a responsabilidade de “dar” longevidade, estrutura e complexidade.
Sugiro uma visita a
http://www.conchaytoro.com/ e uma passagem pela Garrafeira Tio Pepe...... .
Como última nota, alta, a relação preço-qualidade!