sábado, 29 de agosto de 2009

Domini Plus 2004 Tinto

Português:
Este vinho foi escolhido por José Maria da Fonseca para entrar no mercado Norte Americano e segundo o próprio elege como sendo um vinho da categoria premium ao qual corresponde o respectivo preço (25€).

No nariz apresenta-se concentrado de aromas, cheira a a frutos vermelhos sob forma compota.

Na boca é um vinho muito macio, aveludado, enche a boca. Tem corpo médio e está bem assim porque lhe dá alguma leveza.

Tem sabor a frutos vermelhos onde se realça a cereja, com ligeira predominância de açucares alinhada com alguma notas de chocolate, mas que não chega para saturar o paladar. É um vinho onde se sente a profundidade do sabor. Não se nota muito a presença da madeira que se calhar vem beneficiar o resultado final.

Tem taninos bem ligados ao conjunto, finos. Está bom de acidez resultando um vinho equilibrado e bem feito.

Tem final longo.

Conclui-se que é um vinho que está uns bons patamares acima da oferta do mercado, mas por este preço afasta, pelo menos no mercado nacional, muitos potenciais consumidores. Por outro lado, neste nível o grau de exigência é muito grande e o perfil com alguma componente doce pode não ser agrado dos felizes que podem comprar garrafas de vinho a este preço.

Mais informações do produtor em:
http://www.jmf.pt/

English:
This wine was chosen by José Maria da Fonseca to enter the US market and according to the producer as a sub-premium wine cost 25 €.

The nose is concentrated: red fruit and fruit jam.

It has a delightful red fruit flavour: lot's of cherry with a slight predominance of sugars, some notes of chocolate, but not enough to saturate the palate. It is a wine where you can explore the flavour. There is not much oak.

Its tannins are well connected. It's good acidity results balanced wine with a long finish.

It's a fine wine but it's price deviates a lot of consumers, specially in Portugal. Moreover, at this level there are other proposals than can catch also consumer attention.

Producer's web site:
http://www.jmf.pt/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pedra Cancela Reserva 2006 Tinto

Com o arrefecer das temperaturas desta semana, voltamos aos tintos.

Apresenta cor totalmente opaca e lágrima escorrida no copo.

No nariz apresenta-se com notas de fruta concentrada e muita volatilidade conferida pela presença de álcool.

Na boca apresenta-se um vinho texturado com alguma granularidade. Tem corpo médio, pouco adstringente, sabe a fruta madura esmagada, tendo também algumas notas de chocolate. Nota-se presença discreta da madeira, porque todo ele é dominado pela presença da fruta. Falta-lhe um bocadinho para encher a boca.

Tem acidez fina e final médio.

Apresenta-se um vinho equilibrado bem afinado, ideal para beber nas noites frias de inverno.

Mais informação do produtor em:
http://www.pedracancela.com/

sábado, 22 de agosto de 2009

Lan Crianza 2004 Tinto


Vinho servido a copo no Restaurante D. Juan (em Portugal).
Vergonhoso é não existir uma única referência Portuguesa disponível.
A garrafa foi aberta no momento.
Nariz muito harmonioso cheira a morangos e a cerejas maduras acompanhada com algumas notas de madeira.
Boca com sabor predominante a cereja embalada pela madeira, com início um pouco açucarado (a proporção do açúcar deveria ser reduzida).
A presença do álcool, equilibrada, dá-lhe vida, mas o sabor desvanece rapidamente. Tem falta de personalidade, mesmo para um crianza. Taninos um pouco ásperos.
Final médio.
Se quer um crianza muito mais equilibrado escolha um Marques de Arienzo <aqui>.
Mais informações do produtor em:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Chaminé 2007 Branco

Continuam as provas dos brancos neste dias quentes de verão.

Nariz com notas frescas de citrinos.

Na boca revela-se um vinho de corpo ligeiro, meio seco, onde se mistura o sabor do limão com as sensações ligeiras a frutas tropicais. Nota-se que no fundo, bem lá fundo estão lá todas as características dadas pelas Castas de que é feito: Verdelho, Antão Vaz e Arinto, mas em dose reduzida.

Tem uma acidez equilibrada e afinada para um vinho branco jovem. Não é um vinho que deslumbre mas é um vinho que tem a polivalência de se poder beber sozinho.

É um vinho para beber sem compromissos.

Mais informações do produtor em:

http://cortesdecima.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dona Maria Amantis 2007 Branco

Este é mais um branco cujo preço como o Bacalhoa Branco revisto anteriormente alinha pelo tinto de mesmo nome. Anda pelos 13 €. Mais um erro de marketing.

Nariz com presença de nectarina, cheira bem.

É um vinho que é bastante sensível à temperatura que é servido. Não o coloque na zona dos 8ºC porque aqui sabe mais a limão e a acidez aumenta em demasia. Leve-o para os 12ºC. A esta temperatura o limão encolhe-se, transmitindo frescura em vez de amargura e liberta-se o sabor a nectarina. Ainda bem que sabe a este fruto e não a pêssego, caso contrário o vinho era açucarado e estragava o conjunto. Muito bem aqui. A acidez é mais reduzida, fina e transmite um persistência na boca agradável. Corpo médio.

Final médio.

O produtor publicita no rótulo que é um vinho que dedica a todos os amantes de vinho, mas penso que deveriam ter escolhido outro produto com mais valor para incluir a dita frase. É um vinho interessante mas pelo preço pedido há propostas bem mais interessantes.

Mais informação do produtor em:
http://www.donamaria.pt

Quinta da Bacalhoa 2007 Branco

O mercado de distribuição de vinho em Portugal tem resultados interessantes. O irmão mais velho, tinto, mais conceituado tem um preço na ordem dos 15€. Ora para fazer par a Quinta da Bacalhoa lançou o branco ao mesmo preço. O consumidor é normalmente enganado pensando que vai levar um vinho com relação preço qualidade idêntica ao outro que ganhou notoriedade. Normalmente o resultado é mau, resultando a destruição do produto e em último lugar da marca.

Nariz um pouco titubeante, difícil de perceber a composição. Nota-se algumas notas de limão.

Boca muito curta, sem expressão.

Confirmação da presença citrina, alguma madeira, e fruta tropical, muito ténue. É um vinho ultra ligeiro e com pouca acidez.

Final curto.

Relação qualidade preço má. Há vinhos brancos de 4€ superior a este.

Mais informação do Produtor em:

http://www.bacalhoa.com/

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Penfolds Koonunga Hill Chardonnay 2005 Branco

Vinho bebido num jantar onde me fizeram passar por Embaixador de um país da América Latina.

Nariz com aromas finos de limão, mel de plantas silvestres e um pouco de floral.

Na boca nota-se estrutura e algum corpo, com sabores cruzados de mel (faz-me lembrar mel transmontano) que é surpreendente, melão, ligeira menta, tem também notas de limão. É um vinho meio seco. O produtor não revela qual a duração do estágio em madeira, mas seria benéfico que estivesse mais integrada com os sabores a fruta, já que não é muito açucarado.

Pouca acidez o que não lhe confere vida nem alma resultando um vinho curto e um pouco murcho o que descompõe o conjunto e retira-lhe o brilho (fica mesmo baço). No fim da prova liberta ligeiro balsâmico com duração instantânea.

Mais informações do produtor em:
http://www.penfolds.com

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Herdade do Pinheiro 2008 Branco

Com este verão extremamente quente continuamos em volta dos brancos.

Este Herdade do Pinheiro saiu um pouco carote (9€) para o que é oferecido.

Nariz com notas de limão e alguma fruta tropical, com predominância para o ananás.

Na boca revela-se com corpo médio, entra macio onde se confirmam as sensações citrinas e em vez do ananás encontramos um abacaxi. Ora resulta que a presença do abacaxi se sobrepõe um pouco ao conjunto, resultando um final do estilo xarope ou em ponto de rebuçado. É um vinho que inicialmente parece ser adamado mas termina doce. Por isso não tem muita frescura intrínseca.

Eu preferiria que tivesse mais ananás que até combinaria bem com a acidez que lhe confere alguma vida, mas assim ficamos-nos por um vinho que dá alguma sensação de estamos a beber algo mais licoroso.

Final médio.

Mais informação do produtor em:
http://www.herdadedopinheiro.com.pt

Kopke 2008 Branco

Existem empresas que sabem diferenciar os produtos por forma a que os consumidores valorizem o preço que pagam pelo que compram.

Nos mercados nem sempre se consegue fazer distinção do que é "premium" e nos vinhos isso também acontece. Muitas vezes os Reservas custam o dobro sem que isso acrescente o dobro da qualidade medida.

Felizmente a Kokpe sabe vender a preço justo os seus vinhos de mesa.

Depois de ter elogiado o Reserva que é um espanto de frescura e vigor no sabor - pode aceder à critica <aqui> foi a vez de provar o irmão mais novo.

Tem um preço de 4,5€ e por conseguinte tem de saber balizar um pouco aquilo que se está à espera.

Tem nariz com ténue presença cítrica - limão.

Na boca revela-se um vinho muito leve, com pouca expressão, diria um pouco diluído nos aromas. Nota-se as notas do limão e pouco mais.

Não é um vinho com acidez normal de branco e por isso não tem muita vida na boca.

Final curto.

É um vinho sem compromissos, com boa relação qualidade preço, mas não está apto para acompanhar grandes pratos. É um vinho adequado para entrada, para refrescar o verão e decerto que fará as delicias de consumidores sem preconceitos.

domingo, 9 de agosto de 2009

Dolium Escolha Antão Vaz 2006 Branco vs Antão Vaz da Peceguina 2008 Branco








































“A casta Antão Vaz é umas das castas mais importantes da zona do Alentejo. Oriunda da Vidigueira, no sul alentejano, é bastante resistente à seca e às doenças. Apresenta cachos de tamanho médio com bagos pequenos e uniformes que são de cor verde amarelada e que no fim da maturação passam a ser de cor amarela. Os vinhos produzidos por esta casta são bastante aromáticos (predominam os aromas a frutos tropicais) e têm, geralmente, cor citrina”.

Fonte http://www.infovini.com

Esta casta tem sido das mais faladas e publicitadas este verão. Os profissionais de marketing têm apostado este ano na promoção de vinhos produzidos com esta casta e por conseguinte tem despertado o interesse dos consumidores. Resultou nesta prova que por acaso se confrontasse dois vinhos feitos exclusivamente da casta Antão Vaz.

Estava planeado beber os dois vinhos em dias distintos mas devido a um súbito aumento do número de comensais decidiu-se abrir as duas garrafas e comparar.
Ao contrário do que acontece com as criticas de sistema de alta-fidelidade, onde os diversos equipamentos lutam por retirar o mais possível de um padrão, neste caso uma gravação, normalmente existe convergência de opinião sobre o equipamento que toca melhor.

No caso do vinho o padrão não existe e tornando muito mais subjectiva a avaliação.


O Dolium Escolha Branco Antão Vaz, colheita de 2006 conquistou o Grande Prémio do concurso a Escolha da Imprensa promovido pela Revista de Vinhos. O Antão Vaz da Peceguina lançou o primeiro vinho com a colheita de 2006 e têm vindo a afirma-se no mercado principalmente com o tinto da marca Malhadinha.

No que diz respeito ao Dolium tem nariz com ascendente de limão e algumas notas de madeira.

Na boca revela-se um vinho seco, talvez demasiado seco que absorve o sabor a limão que se revela com grandiosidade no inicio. A acidez confere-lhe alguma vivacidade que ajuda o conjunto. Nota-se a presença do estágio na madeira mas o perfil é maioritariamente cítrico.

Há também algumas notas ténues de fruta tropical.
Apresenta algum corpo e tem final médio ligeiramente balsâmico. É um vinho que poderia ser melhor não fosse a secura.

O da Peceguina tem um nariz dentro do mesmo padrão do Dolium mas é mais suave.

Na boca revela mesma presença cítrica, mas o limão tem sabor mais fino apesar de ser mais fechado. É um vinho mais leve com pouca acidez, mas pouco expressivo, ou seja, não tem a vivacidade do Dolium, diria que é um pouco murcho.

Não há integração de madeira (o vinho estagia em cubas de inox).
Tem final curto.

O vencedor acaba por ser o Doilum, mas sinceramente não gostei nada pelo facto de ser um vinho seco.

Os outros comensais também gostaram mais deste.
Pessoalmente prefiro Vinhos frutados Brancos feitos com Arinto, Verdelho ou então um verde Alvarinho, tem mais citrinos, mais fruta tropical e são mais agradáveis de beber.

Se gosta mesmo de um vinho com forte carácter citrino escolha antes um Kokpe Reserva Branco. Pode consultar a critica aqui: http://drinkedin.blogspot.com/2008/12/kopke-reserva-branco-2007.html

Mais informações sobre o Dolium aqui: http://www.paulolaureano.com/

E sobre o da Peceguina aqui: http://www.malhadinhanova.pt/

sábado, 8 de agosto de 2009

Redoma 2007 Branco







Bebido no restaurante Monte da Eira em Loulé, uma das referências da região, onde acompanhou uma massinha de peixe.

No copo apresenta lágrima com viscosidade idêntica a vinho do porto.

Nariz com notas de madeira e frutos secos.

Na boca entra com explosão de madeira onde quase se pode sentir os veios da barrica, muito bem integrada com as notas de frutos secos. Não tem um perfil de vinho fresco e ainda bem, tem corpo, unto e estrutura. Há vinhos tintos que têm dificuldade em acompanhar este Redoma.

Denota acidez controlada e apresenta efeito balsâmico que lhe transmite um final longo.

É um branco que traça um perfil de ruptura com os tradicionais frutados. Recomenda-se a ousadia e o resultado final.

É um vinho completo e altamente recomendado.

Mais informação do produtor em:
http://www.niepoort-vinhos.com/

Para consultar a critica do Redoma tinto 2003 aceda aqui: http://twurl.cc/1egj

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Monte da Peceguina 2008 Tinto


Vinho bebido no encontro anual do Drinkedin, este ano realizado no Algarve, em Vilamoura. Resultou que a escolha recaísse neste vinho por sugestão do João Almeida.

Apresenta lágrima colada no copo. Nariz com notas de frutos vermelhos vaporizados e algumas notas de madeira.

Na boca entra muito aveludado, surpreendente para um vinho deste valor (8€) com a fruta a aparecer concentrada e alguma predominância de ginja. Podia ter mais alguma frescura, mas a suavidade inicial que nos oferece compensa.

É um vinho redondo, de corpo médio, com alguma adstringência, controlada e bem interligada com o conjunto. Tem acidez normal para vinho jovem.

Final médio longo.

Mais informações do produtor em:

http://www.malhadinhanova.pt/

Morgado de S. Catherina Reserva 2007 Branco

Nariz com notas de fruta madura. Muito aromático e sugestivo.

Na boca entra com sabor a limão, intenso, fino e proporcionado. O sabor é absorvido de imediato dando lugar a um desdobramento de frutas tropicais integradas com a madeira mas sempre com o denominador comum que é o limão.

É um vinho equilibrado, bem feito muito bem proporcionado, acidez no ponto certo, com final fino mas prolongado e persistente.

É um branco de excelência e altamente recomendado.

Outras colheitas: <2009>

Mais informações do produtor em:

http://www.companhiadasquintas.com/