sábado, 31 de janeiro de 2009

Quinta de La Rosa Reserva 2005

Aqui está mais um vinho agradável. Muito harmonioso, com bom toque de madeira e de final longo, resulta dos melhores cachos de uvas onde a Touriga Nacional é rainha. Proporciona uma bela lágrima (14%...) não se notando de todo a sua graduação.
Li que ao longo dos anos a composição de castas deste Reserva se vai alterando, tendo como elemento cumum "apenas" o domínio da Touriga Nacional. Assim, fica a dúvida se o perfil geral se conseguirá manter ou se de facto, anos diferentes trarão reservas radicalmente diferentes e se para melhor ou pior......

Altano Reserva 2005

É um vinho de detalhes.

Quando servir no copo liberta-se um aroma muito agradável.
Nariz perfumado.

É um vinho muito fresco e leve. Tem sabor muito fino. Não é um vinho que encha a boca mas é muito requintado este Altano.

Acidez podia melhorar um pouco mas não estraga o conjunto. Taninos equilibrados.

Para saber mais sobre o projecto do produtor pode aceder a um artigo muito interessante aqui.

Do mesmo produtor: Altano Reserva Quinta do Ataíde 2008 e Altano Reserva 2006



sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Adega de Pegões Colheira 2005

É pena que em Portugal não se tenha investido neste tipo de vinhos.

Vinho jovem altamente recomendado. Muito fácil de beber.Faz lembrar os Crianza Espanhóis.

Boca muito fresca, frutado e equilíbrio entre álcool e acidez a cair para o macio. Nota-se que houve cuidado a fazer este vinho e espera-se que exista progressão no seu fabrico.

Final curto.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Quinta do Sairrão Reserva 2000

Este vinho infelizmente já não se produz. A Quinta do Sairrão foi comprada pela Sogrape e dela apenas lhe interessou a uva para produzir o seu portfólio de vinhos.

A Quinta do Sairrão era conduzida por Próspero Vilaverde que tinha como sonho produzir o melhor vinho do mundo. Foi entrevistado pela TSF e após a sua morte a rádio em reconhecimento do seu trabalho voltou a passar a sua entrevista. A primeira entrevista foi passada em 20 de Outubro de 2001 no programa a Hora da Terra.

Porque conheci pessoalmente o Senhor e este tinha muito orgulho no que fazia esta crítica é também um tributo ao trabalho que desenvolveu.

O Vinho foi decantado e bebeu-se 1 hora depois.

A cor já apresentava sinais de envelhecimento em garrafa.

Nariz muito fresco e forte.

Na boca muito macio. Parece veludo.

Este vinho tem tudo muito bem proporcionado e misturado. Fruta bem marcada e álcool presente que dá alma sem estragar a composição.

Nota-se que o envelhecimento lhe fez bem. As notas de fruta bem madura estão bem marcadas mas sem exagerar. Não há cá complexidades é um vinho muito fino e bem elaborado este Sairrão. Final não muito longo.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Alfredo Roca 2005

Descobri este vinho há 3 anos. Despertou-me atenção por ser um vinho Argentino de preço a rondar os 6€. Por curiosidade comprei uma garrafa e como gostei comprei outra mais tarde. Na altura foram bebidas colheitas de 2001 e 2002. Lembro-me que estas colheitas anteriores tinham mais “unto” e eram mais indicadas para acompanhar grandes assados.

Desta vez trata-se da colheita de 2005.

É um vinho monocasta – Malbec. Tem um nariz muito sugestivo carregado de fruta. Na boca perdeu um bocado do corpo que o caracterizava. É agora um vinho mais leve com acidez bem equilibrada. Fruta bem proporcionada. Nota-se a presença do álcool que lhe traz alguma alma. Penso que a mudança foi positiva pela leveza que lhe foi trazida.

Este vinho tem boa relação qualidade preço ( o preço mantêm-se) e merece ser explorado como alternativa às escolhas tradicionais do dia-a-dia.

Mais informações sobre o produtor em:

http://www.rocawines.com/

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Altano Reserva 2006 Tinto



Vinho muito interessante. Um dos muitos vinhos que a família produz - Família Symington (p.e. Post Scriptum e o espectacular Chryseia). A família Symington produz Vinho do Porto desde 1882 e possui algumas das marcas de maior prestígio no sector: Dow's, Graham's, Warre's e Quinta do Vesuvio, todas especializadas na produção de Portos Vintage.
Vinho muito suave, elegante, com boas notas de madeira e couro. Arrisco dizer que quase se bebe sozinho......

Breve nota: WINE SPECTATOR - OS TOP 100 VINHOS DE 2006 "Os vinhos mais excitantes do ano" - 91 pontos. (Obs:Na escala da Wine Spectator 91 pontos representa "Oustanding" - extraordinário).


Do mesmo produtor:  Altano Reserva Quinta do Ataíde 2008 e Altano Reserva 2005

Quinta do Côa 2006 Branco


Bebi este vinho com umas lulas “à l’ajillo”. De cor amarelo carregado, facilmente se deduz que a madeira (carvalho Francês e Americano) se imporá. E bem!


É um vinho proveniente do Douro, de uma “casa” bastante conhecida e merecidamente reconhecida. Refiro-me à CARM (Casa Agrícola Roboredo Madeira). As castas utilizadas são Côdega de Larinho, Rabigato e Gouveio. Aroma mineral, com notas de Ananás e frutos exóticos em equilíbrio com as referidas notas de madeira. Um bom branco a bom preço.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mondovino

Passou hoje na TSF no programa pessoal e transmissível uma entrevista com Jonathan Nossiter, autor do livro Mondovino.

O autor já tinha realizado um filme com o mesmo nome. Este livro não é uma continuação do filme: “Este livro nasceu de uma aventura pessoal: a da minha história de amor com o vinho e o cinema. Num certo sentido, é um apelo à insurreição contra os nossos próprios medos: trata-se de reencontrar a liberdade, ou seja, o sentido do gosto”.

Na entrevista, Jonathan Nossiter fala sobre o vinho, como fruto, em vez de produto, do homem que dedica o seu trabalho para o produzir e do prazer e das ressacas que resulta do seu consumo.

Eu diria que foi uma das entrevistas mais apaixonadas que ouvi sobre a temática do vinho tal como uma outra de Próspero Vilaverde, responsável pela produção do excelente Quinta do Sairrão, empresário que tive o prazer de conhecer e que tinha muito orgulho no que produzia. O Sr. Vilaverde pretendia dedicar o seu esforço, o seu saber e a sua paixão para fazer o melhor vinho do mundo.

Jonathan Nossiter desacredita fortemente os críticos de vinhos, especialmente aqueles que escrevem guias, pelo facto de se considerar que estes não cultivam uma relação de amor com o vinho. Para o autor um critico para escrever um guia tem de ser capaz de provar mais de 50 vinhos por dia e como tal não se está a levar o vinho como uma coisa séria que tem de ser olhada, sentida e apreciada. “É como fazer sexo com 50 mulheres por dia. Estas pessoas não podem ser levadas a sério”. Considera ainda inexplicável como se pode dar pontuações a uma coisa tão complexa que procura o equilíbrio perfeito entre a fruta, o álcool e a acidez.

O livro tem prefácio de Luís Pato que curiosamente apresenta alguma discordância com o autor, designadamente, entre outros, pelo facto de não ser feita nenhuma alusão aos vinhos portugueses.

A entrevista deve ficar brevemente disponível para consulta no site da TSF.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Quinta da Pedra Alta Reserva 2005

Antes de beber este vinho decante-o e espere 1 hora. Provado da garrafa este vinho apresenta-se muito fechado e com “pico”.

É um vinho macio, redondo com algumas notas de fruta preta madura. Composto pelas castas Touriga Nacional; Touriga Franca; Tinta Roriz e Tinta Barroca com o conjunto ainda a precisar de afinação.

Talvez a evolução em garrafa ainda lhe traga algumas melhorias.

http://www.quintadapedraalta.com/


sábado, 10 de janeiro de 2009

Vinha Paz Colheita 2006

No nariz tem sugestões de compota o que contribui para aumentar a expectativa de prova na boca.

Vinho muito macio, redondo tudo muito bem proporcionado.

Nota-se que há muito equilíbrio entre as castas seleccionadas Touriga-Nacional, Alfrocheiro, Tinta-Roriz e Jaen.

Muito bom para acompanhar pratos de carne ligeiros.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Quinta do Sobreiró de Cima Reserva 2003

Na noite de fim de ano bebeu-se este reserva.
A expectativa era grande depois da prova do colheita.

Esta reserva é obtida com vinhas muito velhas. Segundo o produtor as castas utilizadas são predominantemente Touriga Nacional e Trincadeira Preta.

É um vinho mais redondo e encorpado do que o colheita num conjunto mais harmonioso. Tem mais alma. Frutos pretos mais carregados e a madeira também está lá devido ao estágio. Final mais longo e persistente.

Bom para acompanhar fumeiro e carnes vermelhas assadas.

Continuo a ter muito boa impressão do colheita por ter sabor mais cru apesar deste reserva ser mais muito mais macio e mais elaborado.